Comissão de Direitos Humanos da AL também é instalada

Situação do sistema prisional baiano continua na pauta do colegiado

A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública foi instalada na manhã de ontem. Até o final da legislatura, os trabalhos serão comandados pelo deputado Temóteo Brito (PSD), reeleito presidente do colegiado, e pelo deputado Gaban (DEM), também reconduzido à vice-presidência. Na oportunidade, Gaban justificou a ausência do colega Temóteo Brito, que se dirigiu a Buerarema para acompanhar de perto os conflitos fundiários entre índios e agricultores da região. "O presidente Temóteo não está aqui hoje porque está preocupado com o que vem acontecendo nessa importante região de nosso Estado. Como representante do sul e extremo sul baiano, o deputado Temóteo não poderia deixar de estar presente no momento que preocupa a Bahia inteira", ressaltou Gaban.

O democrata acendeu sinal de alerta do colegiado para as novas manifestações no país contra a Copa do Mundo, que têm culminado em atos de vandalismo e violência nas capitais brasileiras, a exemplo da morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, atingido na cabeça por um rojão durante um protesto no centro do Rio de Janeiro no último dia 6.

"Graças aos baderneiros que têm se infiltrado nas manifestações legítimas, uma pessoa foi morta no Rio no exercício de sua profissão. Tudo indica que esse movimento vai acontecer em todos os estados do Brasil e nós, baianos, precisamos estar atentos", alertou Gaban.

A recondução do democrata à vice-presidência da comissão foi parabenizada pelo deputado Yulo Oiticica (PT), que propôs a realização de um seminário sobre mídia e direitos humanos com a presença de Caco Barcellos, um dos mais prestigiados jornalistas brasileiros. Ele apresentou moção de pesar à Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pela morte do cinegrafista Santiago Andrade.

O sistema prisional baiano também esteve na pauta do colegiado. A visita ao Conjunto Penal de Serrinha e ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, foi proposta pelos deputados Yulo e Capitão Tadeu (PSB), respectivamente. O deputado Deraldo Damasceno (PSL) sugeriu a ida da comissão às delegacias de polícia e destacou o papel da segurança pública na sociedade. "Tratamos de um bem muito precioso, que é a dignidade da pessoa humana. A polícia não deve ser olhada como repressão, mas sim vista como aparelho de defesa social", disse.