quinta-feira, 22 de março de 2012

Damasceno propõe instituição do "Mês da Cultura Negra"


Deputado escolheu mês de maio para marcar a contribuição do povo afro-brasileiro ao país

Com o objetivo de "reconhecer os talentos, realizações e contribuições que os afro-brasileiros trouxeram ao estado e a nosso país", o deputado Delegado Deraldo Damasceno (PSL) apresentou projeto de lei que institui maio como o "mês da história e da cultura negra da Bahia". De acordo com o parlamentar, a referência visa a ressaltar a abolição da escravatura, em 13 de maio de 1888.

Damasceno lembra que o comércio de escravos africanos – que teve início em 1538, quando os primeiros escravos chegaram a Salvador, na Bahia, só terminando oficialmente em 13 de maio de 1888, com a assinatura do ato regencial – foi um episódio trágico e uma mancha indelével na história civilizatória brasileira. "Durante o curso do comércio de escravos negros, de acordo com estimativas de pesquisadores em várias partes do mundo, cerca de 50 milhões de homens, mulheres e crianças africanas foram perdidas para o seu continente natal."

Por outro lado, o parlamentar observa que, depois da abolição, vários afro-brasileiros passaram a ocupar papel relevante na sociedade. "O curso da história do Brasil tem sido grandemente influenciado por heróis negros e pioneiros em diversas áreas, como o direito, a medicina, a geografia, as artes, a cultura, a educação, os esportes, bem como na liderança política e social", disse.

Segundo o deputado, estas realizações precisam ser notadas de forma proeminente nos livros de história dos estudantes em todo o país, para se ressaltar a importância e contribuições dos afrodescendentes em diversas áreas. "A História do Brasil é rica em histórias inspiradoras de grandes homens e mulheres negros, cuja força de trabalho, ações e palavras se uniram aos de outros povos, contribuindo de maneira decisiva para o sucesso e prosperidade do Brasil", justificou o parlamentar.

Damasceno informa que sua proposta visa incentivar uma maior pesquisa sobre as histórias não contadas da herança afro-brasileira. "O mês de maio é o mais adequado para celebrar essa história que se deu pelas lutas dos próprios negros – a sua liberdade formal do cativeiro através da Lei Áurea assinada pela princesa Isabel", disse.

Fonte: EGBA

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